Pandemia: Brasileiros gastam menos no cartão de crédito
Segundo dados da Abecs, R$ 22 bilhões foram economizados nos cartões durante o mês de março
Com a pandemia de Covid-19, muita coisa na rotina dos brasileiros foi alterada.
Hábitos foram mudados, novas prioridades entraram em cena e diferentes gastos foram saindo da lista de importância.
Essa grande mudança mexeu principalmente nas compras com cartão de crédito.
Segundo a Abecs – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços – um total de R$ 22 bilhões foram economizados em compras com cartão de crédito durante o mês de março.
De acordo com a instituição, o volume das vendas cresceu 3,4%, mas foi o menor crescimento registrado para o mês desde 2007.
Os dados da Abecs revelam que o volume total de vendas com cartão foi mais afetado nas capitais do país do que nas demais cidades.
O total de recursos transacionados nas capitais caiu, em média, 2,1%.
No restante dos municípios, houve um crescimento médio de 8%.
Esse movimento pode ter sido influenciado pela instauração de home office nos grandes centros, o que levou muitas pessoas a deixar de consumir em comércios e shoppings.
Apesar da desaceleração nas vendas totais, as compras não presenciais tiveram alta de 23,2% e chegaram ao montante de R$ 86,7 bilhões.
As compras remotas respondem por 29% das operações com cartão e, como consequência, o e-commerce cresce no Brasil impulsionado pelo distanciamento social e as restrições de comércio.
Principal motivo de endividamento entre os brasileiros
Apesar de todas as facilidades que os cartões de crédito oferecem, uma recente pesquisa da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que 25,3% dos brasileiros estão endividados atualmente; e 77,6% das dívidas do país são provocadas justamente pelo mau uso do cartão de crédito.
Portanto, embora os números da economia com cartão de crédito seja muito positivo para o consumidor final, ainda vale lembrar a importância de fugir de compras por impulso, rever gastos desnecessários e priorizar compras de itens realmente úteis para atravessar este período de incerteza social, econômica e de saúde.
Fonte: Jornal Contábil.